Pela
quarta vez seguida, a sempre temida e favorita seleção da Alemanha chega às
semifinais da Copa do Mundo. Com um banco a altura da equipe titular, os
alemães, que após a avassaladora estreia sobre Portugal, não chegaram a
empolgar nas partidas seguintes, serão os adversários do Brasil nesta terça
(08), no Mineirão, em confronto tratado como ‘final antecipada’ (embora Holanda
e Argentina estejam no outro lado da chave).
A
força alemã está, sem dúvida, em seu elenco. Considerado o melhor da Copa, a
quem julgue o selecionado de Joachim Löw imbatível, porém, durante a
competição, a equipe deu sinais de quais caminhos o Brasil pode explorar para
que mesmo sem Neymar, possa alcançar à final.
Sinceramente,
é difícil dizer que há algum ponto fraco nos tricampeões mundiais. É mais
fácil, e coerente, considerar que algum setor ou jogador em específico não
acompanha o nível do time.
Talvez
o maior problema não resolvido por Löw seja a lateral esquerda. Sem Schmelzer e
Jansen, o garoto Erik Durm, único lateral-esquerdo do elenco, não conta com a
confiança do treinador, que utiliza o zagueiro Höwedes na função. Tanto no
Schalke 04 quanto na Seleção, Höwedes já atuou na lateral direita, porém
raramente é escalado do lado esquerdo. E apesar de ter agradado contra a
França, não mostrou o mesmo nível de atuação nas partidas anteriores que
realizou. A tendência é que Höwedes jogue um pouco mais recuado, fazendo até
mesmo o papel de um terceiro zagueiro, o que dá mais liberdade para Lahm atacar
(e sem a preocupação de segurar Neymar).
Outro
fator a favor do Brasil para se explorar é a condição física do time alemão. Como
destaca o jornalista Gustavo Hofman, dos canais ESPN. Além da equipe não ter
chegado à Copa com todos os jogadores em plena forma, somou-se a isso o azar de
boa parte do elenco sofrer, recentemente, com uma gripe. Além disso, a Alemanha
é a Seleção que mais correu na competição, com 576 km percorridos, o que não
deve ter sido fácil jogando 4 de suas partidas às 13h.
A
grande arma do Brasil é, um ainda não visto jogo coletivo. Não adianta falar de
caldeirão, ser mandante ou pressão de torcida contra um time do nível da
Alemanha. Com certeza não vão se intimidar.
Sem
Neymar, a responsabilidade está dividida. E o confronto tende a ser de igual
para igual. Assim como Holanda x Argentina, vejo como um jogo sem favoritos,
mas com duas equipes pressionadas. O Brasil, por jogar em casa e ter ‘a
obrigação’ de ganhar a Copa, que a mídia jogou sobre si, e a Alemanha, campeã
pela última vez em 1990, que chega com a responsabilidade de fazer jus a mais
uma de suas brilhantes gerações e quebrar o incômodo jejum que carrega a 24
anos, além, claro, do sentimento de revanche pela final de 2002.
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