sábado, 12 de julho de 2014

Outro vexame, mas está tudo 'normal'

Como o politicamente correto é, por muitas vezes, insuportável. É constrangedor assistir uma das infelizes, mal educadas e teatrais entrevistas do Sr. Felipão. E após mais um vexame na Copa, desta vez diante da não mais tão poderosa Holanda, devemos aturar, segundo o otimismo utópico do técnico brasileiro que, apesar do 3x0, a Seleção jogou bem, os “garotos” tiveram boa postura e não há como serem criticados, os erros da arbitragem foram culpa do pênalti no Fred, que não devemos enfatizar uma série de jogos lamentáveis, mas sim ficarmos orgulhosos por estar entre as 4 melhores seleções do mundo.

O jogo de hoje mostra o que já foi dito aqui sobre a realidade do futebol brasileiro ou alguém ainda se convence de que foi mais um “acidente”, devido ao peso emocional da derrota por 7 a 1?

Soma-se a isso a cultura de, na vitória, “desaparecerem” com todos os problemas. Estamos presos à Copa das Confederações de 2013. O ano passado trouxe a imagem de time perfeito, de time que a qualquer momento engrenaria, jogaria um futebol vistoso, de um time alegre que chegava motivado aos jogos com pagode no ônibus e treinos abertos à torcida. Disse e repito, o Brasil jogou a Copa com uma seleção de jogadores em crise, de jogadores que se acomodaram com o banco de seus clubes ou duradouras más fases.

Não importa a fase do jogador. Importa ser da “família Scolari (família CBF)”. Se o sistema deu certo em 2002, claro que daria certo agora. São apenas 12 anos, as seleções são as mesmas, não precisa renovar, vamos jogar com as armas que estão funcionando. Assim caminha o Brasil com Felipão.

Escondemos a realidade atrás do choro do David Luiz.

Deixo a vocês o brilhante relato do jornalista Paulo Calçade, dos canais ESPN, a respeito da mentalidade da renovação, como da Alemanha, sobre a nossa mentalidade de “perdi de 7x1 mas sou pentacampeão, e você?”


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