A ironia poderia ser também uma lição para o futuro. Nesta terça-feira, os torcedores do Lazio
comemoraram a vitória por 1 a 0 sobre o Bayer Leverkusen, pela ida dos
playoffs da Liga dos Campeões, graças a um gol do atacante senegalês
Baldé Keita. Alguns destes mesmos fãs que festejaram o lance do jovem de
20 anos passaram o jogo gritando ofensas racistas ao brasileiro Wendell
e ao alemão Jonathan Tah, ambos da equipe germânica.
Por duas vezes ao longo do jogo, o locutor do estádio avisou: se os
torcedores continuassem com os cantos racistas, o árbitro poderia até
mesmo interromper a partida. A primeira advertência veio aos 20 minutos
do primeiro tempo; a segunda, no intervalo.
Como deve ter
ficado a cabeça de Keita? Enquanto ouvia injúrias aos adversários, o
garoto fez seu papel. Ele entrou no lugar de Klose no intervalo e perdeu
três chances claras até aproveitar uma falha de Papadopoulos, arrancar
em velocidade, deixar Tah para trás e chutar cruzado, aos 32 minutos do
segundo tempo. Na comemoração, colocou as mãos nos ouvidos: desafio à
torcida ou convite à comemoração?
O fato é que o Lazio tem uma vantagem razoável para o segundo jogo, que
acontecerá na quarta-feira da próxima semana, em Leverkusen. O time
italiano pode empatar ou perder por um gol de diferença, desde que
balance as redes. Ao Bayer, é necessário devolver o placar de 1 a 0 para
levar o jogo à prorrogação ou vencer por dois ou mais gols de
diferença. Quem avançar garante vaga na fase de grupos da Champions.
retirado do globoesporte.com
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